quinta-feira, 30 de maio de 2013

Saber Aproveitar e Transformar: Carne Assada

Cá por casa é raro fazer-se carne assada. O principal motivo? As imensas sobras! Não tem nada de mal, mas depois cansa comer a mesma carne assada durante 2 ou 3 dias seguidos. E depois de aquecida no micro-ondas a carne tende a ficar mais seca e já não é a mesma coisa.
Mas apesar de ser raro preparar carne assada por esse motivo, é por sobrar sempre bastante quantidade que por vezes a faço. Confuso? Nada disso!
As sobras de carne assada são perfeitas para transformar e aproveitar para fazer outras coisas. E, muitas vezes, se encontramos carne para assar a um bom preço, ou em promoção, há que ser inteligente, saber aproveitar e transformar o simples assado de domingo.
Em Março, no aniversário do Miguel, entre outras coisas assei uma bela pá de porco, que ficou bastante saborosa. Mas nesse dia a ementa era outra e apenas 2 ou 3 pessoas comeram da carne assada e sobrou imenso. Naquela altura, mandei uma parte para os meus avós, (que a minha avó começa a ter pouca vontade de cozinhar…) e congelei convenientemente a restante.
Cerca de um mês depois resolvi descongelar a carne, num domingo de muito pouco tempo, em que o almoço já pronto deu muito jeito. Almoçamos a carne “aquecida” – e é por isso que a congelo sempre com o molho de a assar, para depois não ficar demasiado seca ao aquecer - e mesmo assim sobrou imenso.
Não é novidade que dificilmente iria voltar a comer a mesma carne novamente reaquecida, mas há tanto que se pode fazer com a carne assada que sobrou…
Nessa mesma tarde pus as mãos na carne e parti-a em pedaços, picando-a em seguida.
Com uma parte preparei croquetes caseiros usando a receita do chefe Silva e que já partilhei aqui. Como a carne volta a cozinhar, os croquetes depois de prontos foram congelados e assim fiquei com cerca de 20 croquetes caseiros prontos a fritar ou assar no forno, quando necessário.
Com a outra parte da carne, já depois de picada, voltei também a refogá-la e juntei uns cogumelos que também estavam cá por casa. Depois de frio, fiz um  folhado de carne com cogumelos (receita aqui) que também se pode congelar.
Ou seja com uma pá de porco assada (que por acaso até foi comprada em promoção!) fiz o equivalente a 6 refeições de carne assada, mais 20 croquetes caseiros para congelar, e um delicioso folhado de carne que serviu para mais uma refeição para dois.
Ideias para aproveitar e transformar nunca são demais. Até porque todas estas pequenas coisas, bem somadas ajudam a não desperdiçar e assim, poupar!

8 comentários:

  1. Ainda hei-de experimentar fazer croquetes, os meus filhos adoram!
    À carne assada que sobra normalmente junto legumes e cogumelos e faço um arroz malandrinho ou junto com esparguete, com o próprio molho do assado e fica muito bom.

    Beijos/ A Mãe

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  2. Peço desculpa pelo meu comentário, pois provavelmente não vai gostar, mas eu não posso deixar passar um falha desta gravidade sem me pronunciar.
    Qualquer alimento (cru) só deve ser congelado uma vez. Quando o descongelamos e o cozinhamos podemos voltar a congelar, mas uma só vez, ou seja no total pode ser congelado duas vezes.
    Quando o temos sobras também só devemos aquece-las uma vez, jamais voltar a reaquecer. Pois se andamos aqui a congelar e a descongelar, aquecer e a reaquecer, estamos a por a nossa saúde em risco. Não devemos brincar com a nossa saúde, muito menos com a dos outros.
    Parece-me que a senhora tem muitos conhecimentos, mas nesta área permita-me meteu a pata na possa. pois está induzindo as pessoas a cometerem erros, com alguma gravidade para a sua saúde.
    as sobras devem ser guardadas de forma a serem consumidas de uma só vez.

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  3. Caro Anónimo,

    Fez muito bem em aqui esclarecer a questão do congelamento e descongelamento, mas ou não me percebeu bem, ou fui eu que não me expliquei da melhor maneira.
    A carne foi cozinhada comida e as sobras congeladas 1 vez. Descongelou e APENAS reaqueci a quantidade certa para uma nova refeição, e não a quantidade toda que descongelei.
    A restante carne descongelada cozinhou novamente e a que foi transformada em croquetes foi novamente congelada, pela 2º vez e mais tarde cozinhada conforme as necessidades, o mesmo se passando com o folhado.
    Como vê, parece-me que todas as regras de segurança alimentar foram cumpridas e, apesar de não ter conhecimentos nesta área, creio que não coloquei a "pata na poça". (A "pata na poça" colocou o anónimo ao escrever mal a palavra "poça", mas isso pode acontecer a todos!)
    De qualquer maneira é realmente muito importante termos todos atenção aos congelamentos e descongelamentos. Que depois de congelar alimentos só os devemos voltar a congelar após nova fervura e nunca mais do que duas vezes, e que apenas devemos reaquecer as quantidades que vamos consumir no imediato. Foi assim que pensei e escrevi o texto, mas aqui fica o esclarecimento para não restarem dúvidas.
    Atenciosamente, Joana Roque

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  4. Peço desculpa mais uma vez. Mas pelo que percebi, foram feitos croquetes com sobras que foram descongeladas, indo estas sobras ser cozinhadas pela segunda vez, até aqui tudo, mas novamente congeladas (jamais isto deve ser feito), depois vão ser confecionadas pela terceira vez, outro erro.
    Deveria frequentar uma formação de higiene e segurança alimentar, pois iria-lhe trazer mais valias para as suas dicas. Não entenda isto como um comentário negativo, mas sim positivo, pois só quero ajudar. Pois se eu passo por aqui é porque de alguma forma gosto do que encontro.

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  5. Cá em casa o lema tb é aproveitar e transformar toda a comida ao máximo! Só hoje consegui ver o podcast do programa Sociedade Civil sobre as Marmitas no qual participaste: gostei de te ver e ouvir, assim como tds as convidadas :) Com conselhos e dicas assim, só há boas razões para aderir ao take-away caseiro :) Bjinhos e thanks pelas dicas!

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  6. Pois eu hajo triste os portugueses voltarem a marmita, enquanto outros enchem a barriga ate vomitarem.

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  7. Fazer a marmita e aproveitar sobras é o minimo que se deve fazer numa casa onde se preza o dinheiro que entra (pouco ou muito). Sempre assim foi feito e nao era só por familias pobres, e só a mania dos tempos modernos de que era tudo riqueza e havia dinheiro para comer fora é que nos fez "esquecer" isso. Infelizmente os tempos obrigam a "lembrar" o que nunca deveria ter sido "esquecido".

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